Por Leandro Cherutti/ Fotos Leandro cherutti
O Thrash Metal, um dos grandes movimentos que surgiu
no mundo no início dos anos 80, ganhou força e visibilidade com bandas oriundas
da Alemanha e principalmente dos Estados Unidos, mais especificamente no estado
da Califórnia. Na América, este movimento ficou conhecido como Bay Area e
revelou ao mundo grandes expoentes do gênero. Um desses nomes foi o EXODUS. A
banda realizou no mês de abril alguns shows em nosso país e, no último dia 22,
se apresentou na cidade de São Paulo, ao lado de uma grande promessa
brasileira, o grupo NERVOSA, e da rodada e conhecida CLAUSTROFOBIA
Foi em um domingo frio e de muita
garoa que o público paulista presenciou, em minha opinião, o melhor show de
Metal Extremo do ano. A festa começou às 19h25, com a abertura da nova e já
respeitada banda NERVOSA. O trio executa um Thrash de primeira qualidade, e é
formado por Fernanda Lira (Vocal/Baixo), Prika Amaral (Guitarra) e Fernanda
Terra (Bateria). As meninas iniciaram sua apresentação com muita energia, mas
infelizmente a primeira música apresentou problemas no microfone, ficando assim
sem vocal por alguns minutos. Solucionado este pequeno contratempo, tivemos
total descontração da baixista Fernanda Lira, que agitou muito bem a galera.
Mostraram também aos fãs a única faixa cantada em português, cujo nome é
“Urânio em Nós”. O Power trio feminino se despediu do palco com a faixa que
intitula seu primeiro vídeo clipe, “Masked Betrayer”.
Por volta das 20h, os reis do “Metal Malóka”
subiram ao palco. O CLAUSTROFOBIA chegou arrepiando com uma introdução seguida
de “War Stomp”, do CD I See Red. O grupo é composto por Marcus D’Angelo
(Vocal/Guitarra), Daniel Bonfogo (Baixo), Caio D’angelo (Bateria) e Alexandre
De Orio (Guitarra) e está na ativa desde 1994. Marcus, com o seu jeito
despojado, comandou a bagunça e logo convocou a faixa “Metal Malóka”, o que fez
com que a pista do Carioca Club ficasse agitadíssima.
A banda focou sua apresentação no último trabalho,
Peste, gravado totalmente em português, mas não se esqueceu dos velhos
sucessos. A seguir veio “Condemned”, juntamente com a fortíssima “Pino da
Granada”, “Don’t Kill The Future”, “Bastardos do Brasil” e “Alegoria do
Sangue”. O domínio que a banda exerceu sobre os fãs foi algo notável e,
abusando disso, o grupo mandou ver com “Enemy”, a indispensável “Thrasher”, a
nova e doentia “Peste”, e completou o show com a faixa “Paga Pau”. Assim foi a
participação do CLAUSTROFOBIA na noite, um ótimo aquecimento para o Exodus.
Uma pausa
se estabeleceu. Era a hora de tomar um fôlego, comprar uma cerveja e recarregar
a bateria, até por que o “pior” estava por vir. Foi exatamente às 21h10 que o
quinteto californiano apareceu no palco, e isto aconteceu de forma magistral,
mandando logo de cara a cativante “The Ballad Of Leonard And Charles” e “Beyond
The Pale”, ambas do disco Exhibit B: The Human Condition. Rob Dukes (Vocal)
mostrou ser um excelente frontman, com seu carisma agitou o público, sempre que
podia sinalizava aos fãs com gestos pedindo que abrissem as tradicionais roda
mosh. O show prosseguiu com “Children of a Worthless God” emendada do hit de
1985, “Piranha”. Com um set emocionante, os americanos seguiram demonstrando
muita velocidade nos petardos “Brain Dead”, “A Lesson In Violence” e “Metal
Command”. O guitarrista Gary Holt esbanjou destreza nas seis cordas, e a cada
ano que se passa sua técnica está mais apurada. Jack Gibson (Baixo) foi o
entusiasmo em pessoa e se movimentou o tempo todo pelo palco. No comando da
bateria, Tom Hunting seguiu forte em sua pegada, deixando tudo redondo para que
o espetáculo seguisse em perfeita ordem. E na outra guitarra tivemos Lee Altus
que, mais recatado, ficou praticamente o show inteiro do lado esquerdo do
palco.Chegamos à metade do evento e, daqui em diante, o que tivemos foi uma
compilação de clássicos encabeçado por “Blacklist”, “Fabulous Disaster” do CD
homônimo, seguida da veloz “War Is My Shepperd”, e o petardo aclamado por
todos, “Bonded By Blood”. Em “Strike of the Beast”, Rob Dukes solicitou que o
público se dividisse, e assim comandou um gigantesco Wall of Death. Foi sem sombras
de dúvidas um dos mais insanos que já presenciei, e acabou se tornando um dos
pontos mais altos do show. Outro momento marcante aconteceu quando Lee Altus
puxou um Ole Ole Ola em sua guitarra. Logo todos se uniram a ele e fizeram
praticamente uma nova música e o vocal se alternou entre Rob Dukes e os fãs. O
final ficou com "Good Riddance".
O Exodus mais uma vez não desapontou em sua
apresentação. Em uma noite dedicada totalmente ao Thrash Metal, a banda
promoveu uma total devastação sonora no Carioca Club. O público compareceu em
massa, e se tornou um dos principais personagens da noite.
Setlist
The Ballad Of Leonard And Charles
Beyond The Pale
Children of a Worthless God
Piranha
Brain Dead
Iconoclasm
A Lesson In Violence
Metal Command
Deathamphetamine
Blacklist
Fabulous Disaster
War Is My Shepperd
Bonded By Blood
Toxic Waltz
Strike of the Beast
Good Riddance
Beyond The Pale
Children of a Worthless God
Piranha
Brain Dead
Iconoclasm
A Lesson In Violence
Metal Command
Deathamphetamine
Blacklist
Fabulous Disaster
War Is My Shepperd
Bonded By Blood
Toxic Waltz
Strike of the Beast
Good Riddance
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