Por Leandro Cherutti/
Fotos: Leandro Cherutti
O At The Gates é uma
daquelas bandas indispensáveis em qualquer discografia de um bom apreciador de
música extrema. Desde seu início em 1990, o grupo já passou por altos e baixos,
trazendo em sua trajetória duas separações, seguidas de reuniões. Mas nem toda
esta turbulência foi capaz de abalar este grandioso nome no cenário mundial. A
última reunião e que dura até os tempos atuais, se deu em dezembro de 2010, a
qual culminou em uma extensa turnê mundo a fora, e que passou pelo Brasil no
último dia 29 de julho, com uma devastadora apresentação na cidade de São
Paulo.
Foi em uma noite de
temperatura agradável na capital paulista que tudo começou. Para abrir a noite foi convidada a banda
carioca Confronto, que por volta das 20h15 deu início de forma forte e
expansiva, apresentando um ótimo Death/Hard Core ao público paulistano. Com uma
formação estável há 13 anos, o grupo apresenta em sua escalação Felipe Chehuan
(Vocal), Maximiliano Moraes (Guitarra), Felipe Ribeiro (Bateria) e Eduardo
Moratoni (Baixo) formando um quarteto extremamente entrosado e com ótima
presença de palco. A banda baseou sua apresentação encima dos álbuns Causa Mortis e Sanctuarum, passando pelas canções Abolição, Vale da Morte, De igual pra igual, Sem Perdão, Infanticídio,
Confronto, Ocupação e Santuário das
Almas. Os cariocas ainda apresentaram duas canções inéditas, Imortal e Meu Inferno, ambas sairão no próximo CD ainda sem titulo. Com
aproximados 40 minutos de apresentação, a banda Confronto conseguiu aquecer
muito bem o público.
Após 40 minutos de
atraso, eis que surge uma das lendas do Death Metal sueco, o At The Gates. O
grupo demorou 20 anos até pisar em terras tupiniquins, mas quando pisou, foi
para abalar as estruturas do Hangar 110, realizando uma inesquecível
apresentação. Tudo começou com a violenta e clássica Slaughter
of the Soul, daqui para frente o que pude presenciar foi muita energia
sendo descarregada encima e abaixo do palco. O show seguiu com a faixa Cold emendada de Terminal Spirit Disease, e ainda a marivilhosa Raped By the Light of Christ. O At The Gates e composto pelos lendários
músicos Tomas Lindberg nos vocais, Martin Larsson a frente de uma das
guitarras, Adrian Erlandsson na bateria e ainda pelos irmãos Anders e Jonas
Björler, respectivamente guitarra e baixo.
Tomas Lindberg se
portou muito comunicativo e a todo o momento interagia com o público, e assim
foi anunciando clássicos após clássicos, tais como: Under a Serpent sun, Windows, World of Lies, Burning Darkness, The
Swarm e Forever Blind. O show já havia passado de sua metade, mas a euforia
ainda era a mesma, uma empolgação inacreditável e assim vieram: Intro the Dead Sky, Suicide Nation, Nausea,
Beautiful Wound, Unto Others, All Life Ends e Need. Neste momento a banda
se retirou do palco para um pequeno e merecido descanso, e logo retornaram com
os petardos Blinded By Fear e Kingdom Gone.
O At The Gates
proporcionou exatos 1h15 minutos de pura devastação sonora no Hangar 110,
deixando todos os presentes mais que satisfeitos com o que viram e ouviram
naquela noite tão especial. E foi assim que os suecos do At The Gates
realizaram sua primeira e única apresentação no Brasil, encerrando a turnê
sul-americana de forma impecável.
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