sexta-feira, 2 de agosto de 2013

At The Gates – Hangar 110 – São Paulo – 29-07-2012



Por Leandro Cherutti/ Fotos: Leandro Cherutti

O At The Gates é uma daquelas bandas indispensáveis em qualquer discografia de um bom apreciador de música extrema. Desde seu início em 1990, o grupo já passou por altos e baixos, trazendo em sua trajetória duas separações, seguidas de reuniões. Mas nem toda esta turbulência foi capaz de abalar este grandioso nome no cenário mundial. A última reunião e que dura até os tempos atuais, se deu em dezembro de 2010, a qual culminou em uma extensa turnê mundo a fora, e que passou pelo Brasil no último dia 29 de julho, com uma devastadora apresentação na cidade de São Paulo.

Foi em uma noite de temperatura agradável na capital paulista que tudo começou.  Para abrir a noite foi convidada a banda carioca Confronto, que por volta das 20h15 deu início de forma forte e expansiva, apresentando um ótimo Death/Hard Core ao público paulistano. Com uma formação estável há 13 anos, o grupo apresenta em sua escalação Felipe Chehuan (Vocal), Maximiliano Moraes (Guitarra), Felipe Ribeiro (Bateria) e Eduardo Moratoni (Baixo) formando um quarteto extremamente entrosado e com ótima presença de palco. A banda baseou sua apresentação encima dos álbuns Causa Mortis e Sanctuarum, passando pelas canções Abolição, Vale da Morte, De igual pra igual, Sem Perdão, Infanticídio, Confronto, Ocupação e Santuário das Almas. Os cariocas ainda apresentaram duas canções inéditas, Imortal e Meu Inferno, ambas sairão no próximo CD ainda sem titulo. Com aproximados 40 minutos de apresentação, a banda Confronto conseguiu aquecer muito bem o público.

Após 40 minutos de atraso, eis que surge uma das lendas do Death Metal sueco, o At The Gates. O grupo demorou 20 anos até pisar em terras tupiniquins, mas quando pisou, foi para abalar as estruturas do Hangar 110, realizando uma inesquecível apresentação. Tudo começou com a violenta e clássica  Slaughter of the Soul, daqui para frente o que pude presenciar foi muita energia sendo descarregada encima e abaixo do palco. O show seguiu com a faixa Cold emendada de Terminal Spirit Disease, e ainda a marivilhosa Raped By the Light of Christ. O At The Gates e composto pelos lendários músicos Tomas Lindberg nos vocais, Martin Larsson a frente de uma das guitarras, Adrian Erlandsson na bateria e ainda pelos irmãos Anders e Jonas Björler, respectivamente guitarra e baixo.

Tomas Lindberg se portou muito comunicativo e a todo o momento interagia com o público, e assim foi anunciando clássicos após clássicos, tais como: Under a Serpent sun, Windows, World of Lies, Burning Darkness, The Swarm e Forever Blind. O show já havia passado de sua metade, mas a euforia ainda era a mesma, uma empolgação inacreditável e assim vieram: Intro the Dead Sky, Suicide Nation, Nausea, Beautiful Wound, Unto Others, All Life Ends e Need. Neste momento a banda se retirou do palco para um pequeno e merecido descanso, e logo retornaram com os petardos Blinded By Fear e Kingdom Gone.
O At The Gates proporcionou exatos 1h15 minutos de pura devastação sonora no Hangar 110, deixando todos os presentes mais que satisfeitos com o que viram e ouviram naquela noite tão especial. E foi assim que os suecos do At The Gates realizaram sua primeira e única apresentação no Brasil, encerrando a turnê sul-americana de forma impecável.






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