Por Leandro Cherutti/Fotos
Leandro Cherutti
Quatro longos anos se
passaram desde a última visita da banda alemã Sodom pelo Brasil. Nesta recente
passagem, os alemães realizaram duas grandes apresentações em território
Tupiniquim. O grupo abriu a “South American Tour” na capital paranaense,
Curitiba, ao lado da renomada banda americana de Thrash Metal, Exodus. No
último Sábado dia 7, o Sodom esteve na cidade de São Paulo, onde realizou uma
memorável apresentação. Na Terra da garoa, o palco escolhido foi o Carioca
Club, e contou com a abertura das bandas Machinage e Red front.
Ainda cedo, por volta
das 17h25, O Machinage subiu ao palco. A banda é um dos grandes nomes em
ascensão do metal brasileiro, e abriu sua apresentação com “Revolution”. Em
seguida tivemos a excelente “Envy”, canção que possui uma pegada forte. O grupo
fez uma apresentação calcada encima do CD It Makes Us Hate, passando pela a
veloz “Is This The Way?” e seguindo com “Anguish”.A noite estava apenas começando, e aos poucos
o espaço na pista se preencheu. Vendo isto, Fábio Delibo (Guitarra/Vocal),
Adriano Bauer (Baixo), Ricardo Mingote (Bateria) e Fernando Kump (Guitarra)
mandaram uma das faixas que mais resume o som do Machinage em minha opinião, “Mask Behind Some Lies” composição que
mescla velocidade, peso e melodia em sua mais pura essência.
O grupo ainda
proporcionou uma grata surpresa, trazendo ao palco um convidado especial,
Antonio Araujo, guitarrista da banda paulistana Korzus. Antonio participou da
música “Next Victim”, e com certeza foi um dos pontos altos do show. O público reagiu
muito bem ao som do Machinage, e com exatos 40 minutos de apresentação,
encerraram com a conhecida e já clássica “Tides of War”.
Um breve intervalo se
estabeleceu, e neste meio tempo, um telão mostrou a vitória parcial do São
Paulo encima do Mogi Mirim por 2 x 0. Às18h15, o Red front deu o ar da graça,
mandando o som “Institutions Down”. Com um carisma extremamente empolgante, a
banda sabe muito bem como armar uma festa. É quase impossível ficar parado ao
olhar o desempenho de Oscar (Guitarra) e o modo único de tocar o seu
instrumento, fazendo um misto de salto e passos largos, sem contar as caretas.
O baixista Marq é extremamente elétrico, e ao lado de Léo (Vocal) passa uma
energia contagiante. O grupo ainda conta com Marcelo (Guitarra) e Daniel (Bateria).
O show prosseguiu com “Just Game”, e com uma bela homenagem ao Sepultura, com a
execução de “Territory”.
Na música “Killer”, o
Red Front trouxe ao palco um convidado ilustre, um boneco de pano,
representando um integrante da banda Restart, o mesmo foi jogado na pista e
destruído pela galera. Para finalizar, proporcionaram um Wall of Death no
Carioca Club, com pesadíssima “Circle of Hate”, neste momento o Oscar se
dirigiu até o fundo da pista, e em seguida adentrou no meio do mosh. Os Músicos
realizaram uma belíssima apresentação, não deixando pedra sobre pedra.
A casa estava cheia, e
pontualmente às 19h40, chegou a hora da atração principal comparecer ao palco. O
Power trio alemão surgiu ao som de uma introdução, que levou ao primeiro som da
noite, “In War and Pieces”, uma canção relativamente nova, mas que já ganhou o
seu espaço no repertório de clássicos da banda. A próxima a fazer a alegria dos
fãs foi o hino “Sodomy and Lust”, do EP Expurse
Of Sodomy de 1987. O público eufórico clamava por mais, Tom Angelripper
(Vocal/Baixo) não hesitou e ouviu a todos, mandando outra paulada “M-16”, que
antecedeu outro clássico do grupo, “Outbreak of Evil”.
A figura carismática do
guitarrista Bernemann é algo notável, o mesmo demonstrou nitidamente a alegria
de estar tocando para um público tão animado, o sorriso permaneceu em seu rosto
praticamente o show inteiro. Dando continuidade ao espetáculo, tivemos a canção
que pegou todos de surpresa, “Surfin’ Bird”, que após 45 segundos se misturou
com o petardo “The Saw Is The Law”. O set executado pelo trio contou com outros
destaques como “Iron Fist”, cover da banda inglesa Motörhead, o hit “The Vice Of Killing” do LP Code Red, e ainda “The Art of Killing
Poetry” e “City of God”. A próxima canção foi dedicada ao saudoso ex-baterista
Chris Witchhunter, falecido em 2008, e foi nada mais nada menos que
“Blasphemer”. Daqui para frente o que tivemos foi um desfile de clássicos,
encabeçado por “Eat Me!”, “Ausgesbombt” e “Agent Orange”, neste momento os
músicos deixaram o palco para um pequeno descanso.
No tradicional e
esperado bis, tivemos “Remember the Fallen” e “Sodomized”. Em aproximados 80
minutos de apresentação, o Sodom demonstrou todo o poder da escola alemã dentro
do Thrash Metal, e ainda apresentou oficialmente aos fãs brasileiros, o
excelente baterista Makka, que demonstrou muita técnica e simpatia.
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