Por Leandro Cherutti/
Fotos Leandro Cherutti
Após dois anos desde a
última passagem pelo Brasil, a banda Marduk, um dos mais fortes e imponentes
nomes do Black Metal mundial, voltou a se apresentar em nosso país no mês de
agosto, realizando um total de quatro apresentações, sendo uma delas na cidade
de São Paulo. O lugar escolhido foi mais uma vez o Hangar 110, o mesmo do show
anterior. A banda vem cruzando o mundo na divulgação de seu mais recente
trabalho Serpent Sermom, e com isto
espelhando a semente da blasfêmia em nosso planeta. Na capital paulista a banda
dividiu o palco com outro importante nome do cenário negro, a banda belga
Enthroned. E para abrir a noite tivemos duas participações nacionais o Mørk
Visdom e Khrophus.
O sábado estava quente
e ensolarado, ótimo para fazer aquele tradicional aquecimento antes do show,
tomando aquela cerveja bem gelada, e foi isto que muitos dos fãs fizeram até
momento antes do Hangar 110 abrir suas portas às 19h. A primeira banda a se
apresentar foi à paulistana Mørk Visdom, que compareceu ao palco às 19h15 com
uma pesada introdução. O repertório ficou formado com as seguintes faixas Into the Vastness of Lost and Dense Forest,
Natureza obscura, Dark Winds, Abyssus Abyssus Invocat e lucifer Triumph. O grupo possui somente 1 ano de existência e é
composto por: Kerak Troyll (Vocal) ex- Esgaroth, Doom Hellhound (Baixo), Lord
Agramon (Bateria), Fenrisulr Brahmss (Teclado) e Kazoth Bey (Guitarra). Com
exatos 30 minutos de apresentação, o grupo encerrou sua permance muito bem.
Após um intervalo de 15
minutos, tivemos na seqüência o trio catarinense Khrophus, que apresentou um
poderoso e brutal Death Metal ao publico paulistano. Com 19 anos na batalha, a
banda esta prestes a lançar o seu terceiro álbum, o qual recebera o nome de Eyes of Madness. E foi calcado neste
último trabalho que a banda realizou sua apresentação, passando pelas inéditas
faixas Smoke Screen, Forbidden Melodies,
By The Sun, The Book of the Dead, Dead Face, Master of Shadows e Interpositions. Os músicos possuem um
excelente desempenho no palco, e executam um Death Metal imponente e
contagiante, mostrando que o Brasil esta muito bem representado neste estilo
musical. O trio é formado por Alex Pazetto, dono de um vocal poderoso e um
baixo avassalador, na guitarra tivemos a presença de Adriano Ribeiro, que em
muitos momentos lembra a figura de Trey Azagthoth
(Morbid Angel) na forma de tocar seu instrumento, e no comando das baquetas
Carlos Fernandes. Sem duvidas o Khrophus passou uma ótima impressão para
aqueles que ainda não conhecia o seu trabalho.
O momento internacional
da noite se deu com os belgas do Enthroned, que subiu ao palco às 20h50, com o
vocalista Nornagest saudando os fãs com um “Bom Dia” ao invés de boa noite. Para
muitos dos fãs a banda não é a mesma desde a saída do ex-vocalista e baixista
Sabathan, mas isto não é algo que influencie muito no presente da banda, pois a
mesma se mantém com alto respeito no cenário Black Metal. Para iniciar os
belgas mandaram a faixa recém saída do forno
Deathmoor do CD Obsidium de 2012.
Na seqüência o clássico The Ultimate
Horde Fights, que veio emendada
com Sepulchred Within Opaque Slumber faixa
que compõe o último disco. O grandalhão vocalista Nornagest é uma atração no
palco, olhando sua pessoa é como se o mesmo estivesse possuído em alguns
momentos do show, sempre gesticulando e virando os olhos, até que os mesmos
fiquem totalmente brancos. Mas sua principal marca é realizar com as mãos o
velho sinal esotérico, exibido nas figuras que ilustram o Baphomet, e isto acaba
se tornando algo muito característico em sua apresentação.
O set seguiu com Through the Cortex, Deviant Nerve Angelus ambas
do Tetra Karscism, o primeiro
trabalho com Nornagest nos vocais, e ainda vieram Obsidium, Horns aflame, Radiance
Of Mordacity do Carnage In Worlds
Beyond e ainda Petraolevm saliva e
Vermin. O Enthroned conta também em sua formação com os músicos Phorgath no
comando do baixo, Neraath e Peter Noens nas guitarras e Garghuf na bateria.
Para o final a banda reservou dois grandes clássicos Under The Holocaust de 1995 e Evil
Church. Em quase 1 hora de apresentação o Enthroned realizou um show coeso
e preciso, deixando o palco de cabeça erguida.
Após intermináveis 30
minutos de espera, finalmente chegou a hora dos anfitriões da noite, o Marduk,
que entrou no palco promovendo um verdadeiro holocausto sonoro, abrindo com a
exuberante On Darkened Wings, do
aclamado e idolatrado álbum Those of the
Unlight. A pista estava completamente tomada pelos afoitos fãs, que logo
foram contemplados pelas canções Nowhere
No-One Nothing e Serpent Sermon, esta
última inclusa do disco que leva o nome homônimo. De 16 anos atrás veio à ótima e necessária The Black Tormentor of Satan, que pode ser encontrada no CD Heaven Shall Burn... When We Are Gathered, e
voltando mais ainda, mais precisamente para o primeiro trabalho Dark Endlees tivemos o petardo Still Fucking Dead (Here's No Peace). No
ano passado a banda lançou um EP comemorativo com a intenção de presentear os
fãs ao redor do mundo com canções inéditas, o qual possui três excelentes
composições e leva o nome de Iron Dawn,
e foi deste raro trabalho que veio a próxima faixa Warschau 2: Headhunter Halfmoon.
O Marduk dispensa uma apresentação
formal, mas para quem ainda por ventura desconhece sua formação aqui vai o
quarteto: Morgan (Guitarra) único membro original da banda e dono de uma
guitarra magnífica, com uma pintura totalmente camuflada, o “chefão” ficou
praticamente todo o show do lado esquerdo do palco. O centro contou com a
presença do respeitável vocalista Mortuus, sem duvidas ele não possui o mesmo
carisma que seu antecessor Erik Legion, mas com o passar dos anos ganhou o
respeito e admiração dos fãs e hoje se tornou uma peça indispensável na formação
do grupo. No lado esquerdo o gigante do
baixo Devo e mais ao fundo o técnico e habilidoso Lars Broddesson. O show
continuou com uma pedrada do álbum Opus
Nocturne sendo ela Materialized in
Stone. Outro ícone indispensável no set dos suecos é o hino Baptism by Fire que proporcionou um dos
melhores momentos da noite. As próximas foram Womb of Perishableness e Soul
For Belial. Com um set muito bem mesclado a banda encerrou a passagem em São
Paulo com quatro grandes clássicos, iniciando com Azrael do respeitado disco La
Grande Dance Macabre,seguido de Throne
of Rats, da imponente Panzer Division
Marduk e concluindo com Wolves
Os fãs paulistanos mais
uma vez foram presenteados com mais um belíssimo espetáculo, mas ainda a muito
por vir nesta reta final de 2012, é só aguardar. Agora deixo o meu profundo
agradecimento à pessoa de Edu Lane e Luciano Piantonni pela a extrema
colaboração.
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