Por
Leandro Cherutti/Fotos
Leandro Cherutti
Que o Brasil entrou
definitivamente na rota de shows internacionais, isto é indiscutível. Tomaremos
como exemplo o mês de abril, mais especificamente os últimos dois finais de
semana, aonde tivemos 7 shows, alguns
como o grandioso festival Lollapalooza, Sebastian Bach ex-vocalista do Skid
Row, Queensrÿche e do lado mais extremo Sodom, Centurian, Obituary e Hate, e
é sobre esta última que irei comentar hoje.
O Hate esta
entre as top 4 do Death Metal polonês, ao lado da famosa e polêmica Behemoth,
da extraordinária Vader, e da caçula e não menos importante Decapitated. O
grupo passou pelo Brasil recentemente na divulgação do aclamado CD Erebus, realizando 4 shows pelo país, e encerrou a turnê em São Paulo, no
famoso Manifesto Rock Bar. Também se apresentaram na noite, os paulistas do
Genocídio, e os cariocas do Unearthly.
No decorrer que
a noite se aproximava, um friozinho e garoa tomou conta do ambiente, deixando o
clima mais sombrio. O Unearthly subiu ao palco às 20h10, muito bem trajados,
com vestimentas que lembram uma espécie de armadura. Visualmente estava tudo
perfeito, e para completar o conjunto áudio visual, tivemos uma dobradinha
musical, com as faixas “7.62” e “Baptized In Blood” do renomado disco Flagellum Dei. O Unearthly como sempre não deixa barato
em suas apresentações, e logo mandou à ótima “Murder the Messiah”. O show seguiu
com “My Fault” e “Flagellum Dei”. O
público correspondeu positivamente a cada som do grupo, e assim os cariocas
seguiram para a parte final com “Revelations of Holy Lies” do CD Age Of Chaos, passando por “Osmotic of
Haeresis”, “Black Sun” e “Age Of Chaos”. Felipe Eregion(Vocal/Guitarra), M.
Mictian (Baixo), Vinnie Tyr (Guitarra) e
Rafael Lobato (Bateria) realizaram um show de deixar qualquer um sem fôlego.
Uma tradicional e conhecidíssima banda de
cenário paulista foi a próxima a se apresentar. Estou falando do Genocídio, que
com 25 anos de estrada, continua levantando a bandeira do metal brasileiro com
todas as forças. A banda abriu com “Fire Rain”, “Numbness Sunshine” e
“Cloister”. O Guitarrista Rafael Orsi, com muita personalidade, demonstrou
muita técnica em sua apresentação ao lado do experiente e marcante baixista
W.Perna. O vocalista Murillo, conduziu o show com muita conversa, mantendo
assim um ótimo clima entre banda e público.
A próxima música foi “Rebellion”, canção
que possui muita velocidade em seu andamento, outros destaques ficaram com “Transatlantic
Catharsis”, “Uproar”, além do clássico “Black Metal”, um petardo de um grupo
que modificou e deu nome a um estilo musical. Sim estou falando do Venom, o pai do Black
metal. E encerraram com “The Clan”.
Uma pequena pausa para retomar o fôlego, e
logo os poloneses de Varsóvia subiram ao palco. Após uma pequena intro,
quebraram tudo com o hit que nomeia o novo álbum, a poderosa faixa “Erebos”. Do
vinil Morphosis os músicos mandaram a técnica e extremamente agressiva “Catharsis”
emendada com “Hexagony”, mais uma do novo. O vocalista e guitarra Atf Sinner,
agradeceu a todos pela presença e anunciou “Threnody”, que tomou conta dos PA’s
do Manifesto.
Na outra guitarra,
postado do lado esquerdo do palco, o poderoso e grandalhão Destroyer, diga-se
de passagem, um excelente guitarrista. Ao lado direito tivemos o baixista
Mortifer, que destruiu nas 4 cordas, além de manter uma ótima presença de
palco, ao fundo, no comando das baquetas, o ágil Hexex. O quarteto polonês
seguiu intercalando canções dos álbuns, Morphosis e Erebos, como a boa “Wrist”
seguida de “Omega” e “Resurrection Machine”.
Neste momento do show,
Atf Sinner tinha o público ao seu
comando, e o que viesse daqui para frente seria festa, e assim deu andamento
com “Luminous Horizon”,e “Trinity Moons” que finalizou a primeira parte do
show.
No bis a banda voltou
com uma surpresa aos fãs, com uma singela homenagem a um grande e respeitado
nome do Thrash Metal brasileiro e mundial, com a música “Arise” do Sepultura,
um som para abalar as estruturas do tradicional bar. O Hate se despediu dos
fãs, agradecendo a cordial recepção que receberam em São Paulo e no Brasil.
O excessivo número de
shows que vem ocorrendo na capital paulista tem deixado seus efeitos
colaterais, fazendo com que alguns espetáculos fiquem com carência de público,
e foi o que aconteceu domingo no Manifesto. È uma pena ver um grande nome do
Death/Black se apresentar para uma plateia aproximada de 150 pessoas ou menos.
Setlist:
Erebos
Catharsis
Hexagony
Threnody
Wrists
Omega
Resurrection Machine
Luminous Horizon
Trinity Moons
Arise (Sepultura Cover)
Anaclasis
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